segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Poema dos loucos



Era noite, o sol brilhava no horizonte.
Estava eu andando parado, sentado de pé num banquinho de pedra feito de madeira, com os olhos arregalados quase fechando, quando não muito longe dali havia um bosque sem árvores.
Os passarinhos pastavam alegremente enquanto as vacas cantavam pulando de galho em galho a procura de seus ninhos e os elefantes descansavam à sombra de um pé de alface.
Resolvi voltar depressa vagarosamente pra casa chegando pela porta da frente que ficava nos fundos.
No quarto deitei meu paletó na cama e me pendurei no cabide.
Passei a noite em claro, pois esqueci de apagar as luzes.
Sonhei que estava acordado, quando acordei sonhei que estava dormindo.
Levantei-me e fui ao banheiro, onde resolvi almoçar, logo senti um gosto horrível na boca. Havia comido o guardanapo e limpado a boca com o bife.
Fui então até o jardim e lá eu encontrei um papel em branco, que estava escrito: Assim diziam aqueles nove profetas que eram três, Jacó e Pedro.
“O mundo é mesmo uma bola quadrada que gira parada em torno de si mesma, diante disso prefiro a morte do que perder a vida”.

Pode ser... Talvez




Pode ser que um dia, em seu caminho, sem querer encontre alguém.
E pode ser que esse alguém se torne uma pessoa especial para você.
E então, a vida mudará, o humor se alterará e a solidão não mais existirá.
Pois agora tem a companhia de alguém especial.

Mas pode ser, que no trajeto que percorrem algo aconteça a ele.
Que corvos o ceguem e moscas o ensurdeçam, tornando-o louco.
Você ouvirá dessa pessoa especial coisas ruins, que jamais imaginou.
E verá atos, que jamais esperou.
Então verá sua companhia ir embora. E restarão as mágoas e as feridas.

Mas pode ser, que você sempre o veja como uma pessoa especial.
Que lhe fez companhia.
E foi embora para sempre.